sábado, 3 de janeiro de 2015

Mataram nosso amigo Kadafi, e os motivos são muitos

Diariamente leio artigos na imprensa e na internet sobre os motivos que levaram o governo dos EUA e seus fantoches a assassinar o líder Muamar Kadafi, a destruir a infraestrutura da Líbia, matar mais de 200 mil pessoas em uma população de 6 milhões de pessoas, e obrigar meio milhão ao exílio forçado. A Líbia sofreu um crime de guerra, um crime contra a humanidade. Destruíram um país para que os políticos e militares norte-americanos, ingleses e franceses tivessem acesso a mais champagne e caviar. Para que o contribuinte norte-americano continue financiando uma máfia que atende pelo nome de indústria bélica, responsável pela corrupção de políticos e imprensa ocidental.
A imprensa ocidental e suas agências de notícias apoiaram desde o início essa tragédia humana. Atacaram – como hienas – o líder Kadafi, para que a opinião pública mundial ficasse anestesiada diante dos bombardeios que se seguiram. Bombardearam casas, edifício residenciais, escolas, hospitais, asilos etc. Miravam em tudo que se movia. Destruíram até mesmo a canalização do Grande Rio Artificial que levava água para aldeias e cidades, irrigando o deserto. Todos os crimes foram cometidos. Derramaram o sangue de milhares de inocentes. As maiores potências bélicas mundiais se uniram, de forma covarde, para bombardear um pequeno país de 6 milhões de habitantes. Covardes, canalhas e assassinos. Governantes de merda, a serviço da indústria bélica e do roubo descarado do petróleo líbio. Raras foram as manifestações contra a guerra de ocupação da Líbia, jamais publicadas na grande imprensa mercenária. Hoje a Líbia está destruída por grupos terroristas, movimentos financiados pela CIA, extremistas financiados pela Arábia Saudita, contrabandistas e traficantes de drogas e de armas.
A situação é tão grave e caótica que o presidente da Nigéria, Mahamadu Isufu, está pedindo uma intervenção internacional para salvar a Líbia. Ora, outra intervenção internacional? Não bastou uma para destruir o país? Aqueles que destruíram a Líbia (governos dos EUA, Inglaterra e França) estão satisfeitos com a destruição, estão roubando petróleo líbio com a desculpa de “pagar despesas de guerra”. Incrível. Os criminosos invadem, destroem e saqueiam o país, e ainda mandam a conta? Maldito criminosos, covardes e canalhas. O nosso amigo Muamar Kadafi (amigo dos povos livres, amigo de todos aqueles que lutam por libertação em qualquer parte do mundo) foi covardemente assassinado. Deu exemplo de coragem e valentia o nosso “Leão do Deserto”. Mesmo quando ele viu a derrota consumada, seguiu para sua cidade natal, Sirte, onde morreu lutando contra traidores e mercenários.
Nosso amigo Kadafi que financiava movimentos revolucionários em todas as partes do mundo. Nosso amigo que construiu o Exército Internacionalista para treinar e armar combatentes que lutaram decisivamente na África do Sul contra o apartheid, na Nicarágua, no Chade, em muitos outros países. Fosse Kadafi um governante como os monarcas árabes (que usam a riqueza do petróleo para iates e palácios) ou os políticos ocidentais corruptos, a imprensa ocidental estaria até hoje elogiando e festejando mais um governante a serviço dos dois cânceres do mundo: o imperialismo e o sionismo. Nosso “Leão do Deserto”, nosso segundo Omar Moukhtar, é imortal porque deixou sua história gravada em sangue, na luta pela verdade, pela justiça e libertação dos povos, enquanto Obama, Sarkozy, Cameron, não passam de lixo humano a serviço da morte e da destruição dos pequenos povos e nações. Quando escrevo “amigo Kadafi” relembro a primeira vez que o vi, pessoalmente, em uma grande tenda árabe em Trípoli, a beira-mar, em um jantar com lideranças revolucionárias de diversos países. Centenas de convidados – entre jornalistas, sindicalistas e lideranças – sentavam-se em grandes tapetes para ouvir o discurso de Kadafi sobre os malefícios para a humanidade causados pelo imperialismo, sionismo e fascismo. Seus olhos brilhavam de fervor quando falava sobre libertar os povos. Estava entre amigos, sem protocolos, sem pompas. Era apenas mais um amigo na construção de um mundo melhor para todos. O tempo passou e Kadafi construiu o país mais próspero da África, o melhor IDH, a melhor educação e saúde gratuitas. Um exemplo para todo o mundo. Um exemplo que precisava ser destruído pelos inimigos da humanidade, os países que – como vampiros ou sangue-sugas – sobrevivem às custas do sangue e das riquezas dos pequenos povos e nações: Estados Unidos da América, Inglaterra e França. Kadafi, abençoado por Deus, parecia vencer o próprio tempo. Ele participou da luta de Gamal Abdel Nasser pela libertação do Egito e construção do pan-arabismo. Abraçou a luta da Nicarágua Sandinista. Apoiou e esteve com Hugo Chávez. Financiou a luta e a guerra de guerrilhas contra o apartheid na África do Sul, sendo chamado de "irmão" por Nelson Mandela. Kadafi ajudou e apoiava Evo Moralez, entre muitos outros governantes e líderes espalhados pelo mundo, que lutavam contra os exploradores, sionistas e imperialistas. Muitos motivos são lembrados, entre os quais a construção da União Africana, o Banco da União Africana, a substituição do dólar nas transações comerciais, entre outras importantes decisões que contrariaram interesses criminosos dos Rotchildes e seus fantoches políticos. Contra Kadafi se uniram as potências imperialistas, o sionismo, os mercenários, os traficantes e contrabandistas de armas e drogas, enfim, a escória do mundo. Kadafi foi assassinado, mas Kadafi não morre. Será sempre lembrado por seu exemplo e suas palavras. O imperialismo e o sionismo jamais conseguirão apagar da história seus feitos e vitórias, sua honra e valentia. A morte pode ter levado seu corpo, mas ele está conosco, até a vitória final. José Gil