quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Muamar Kadafi, um homem maior que o seu tempo


Nestes tempos de governantes medíocres como Bushs, Obama, Sarcozy, Cameron, Berlusconi, Hollande, imperialistas ensandecidos que tripudiam na mídia mercenária, verdadeiros lobos disfarçados de cordeiros na mídia sionista e criminosa, relembrar de Muamar Kadafi é reconhecer que ele sempre foi um homem acima do seu tempo.

O pequeno beduíno nascido em Sirte, cujo avô – sua fonte de sabedoria – morreu lutando contra o colonialismo italiano, assistiu o pai e o tio serem presos por fascistas italianos, e desde os 12 anos bebeu da fonte das palavras de Gamal Abdel Nasser, o líder egípcio que pregava no nacionalismo árabe e a luta sem trégua ao estado artificial de Israel. Kadafi fez os estudos secundários na cidade de Sabha, onde, em 1956, formou, junto com três colegas, a primeira célula de seu futuro movimento revolucionário, que tinha como objetivos apoiar o programa pan-árabe de Nasser e, a longo prazo, derrubar o rei Idris I, um fantoche do imperialismo anglo-americano. Naquele mesmo ano participou de protestos anti-israelenses durante a Crise de Suez.

Os integrantes daquela primeira célula decidiram seguir carreira militar para futuramente articular um levante militar. Cada um deles iria formar uma segunda célula com mais três integrantes, que, por sua vez, também formariam novas células, e assim progressivamente. Para garantir a segurança do movimento, cada revolucionário somente conhecia os integrantes e as atividades das duas células das quais participava. No início de outubro de 1961 organizou uma manifestação de jovens em apoio à guerra de independência da Argélia, que teve também conteúdo antimonarquista, o que resultou em sua prisão e expulsão da cidade. O jovem líder concluiu o ensino secundário em uma escola de Misrata, onde criou uma nova rede de células revolucionárias, e naquela cidade também foi elaborado um código secreto para proteger a comunicação entre os líderes das diferentes células da repressão policial. Para evitar a repressão, a organização se apresentava como um grupo de debates sobre Nasser e de atividades antisionistas, ocultando o objetivo de derrubada da monarquia.

Após o término de seus estudos secundários, Kadafi iniciou a carreira militar. Integrou a Academia Militar de Benghazi, segunda principal cidade do país, e também estudou na Real Academia Militar de Sandhurst, na Inglaterra. Relatos da época informam que Kadafi se recusava a vestir roupas ocidentais, sendo discriminado ao caminhar pelas ruas com sua túnica árabe. Altivo, seguro, jamais baixou os olhos diante dos colonialistas ingleses, chegando a enfrentar policiais que tentaram amedronta-lo. De volta à sua terra natal, liderou oficiais na revolução Al Fateh que libertou a Líbia da monarquia do Rei Idris I, criando a Jamahiria Árabe Popular Socialista Líbia, considerada a “jóia da África”.

A Líbia kadafista era o país com o maior IDH e melhores condições de vida de todo o continente africano, incluindo de países como Brasil, Rússia e Argentina, entre muitos outros. Kadafi investiu fortemente na educação do seu povo. O país tinha o menor número de analfabetos do mundo árabe e da África. Em 1981 Anthony Quinn, Oliver Reed, Rod Steiger, Irene Papas, John Gielgud, Raf Vallone, Sky Dumont, Gastone Moschin e Adolfo Lastretti foram convidados a filmar na Líbia um clássico da cinematografia mundial, “Omar Moukhtar, o leão do deserto”, mostrando a luta do povo líbio contra o domínio italiano. Kadafi, com este filme, conseguiu mostrar ao mundo as atrocidades dos italianos na Segunda Guerra e o heroísmo do povo árabe líbio.

Nos anos que se seguiram Omar Moukhtar foi estudado nas escolas líbias, como se Kadafi pressentisse um fim igual ao dele, lutando pela libertação de seu país diante de forças militares muito superiores. Três meses antes do início da guerra de ocupação da Líbia pelos EUA/Otan, estive na Líbia e vi diversos painéis pelas ruas com fotos de Omar Moukhtar. Kadafi pressentia e se preparava para morrer lutando, exatamente como fez o “Leão do deserto”. A rica Jamahiriya Líbia enviava médicos, dentistas e medicamentos a diversos países africanos, para auxiliar na luta contra a pobreza e a miséria. Apoiava movimentos revolucionários que lutavam por libertação em diversos países do mundo. Tudo isso contrariava os planos terroristas dos governos dos EUA, Inglaterra, França e Israel, empenhados em submeter as nações para roubar suas riquezas naturais. Por isso a Líbia foi bombardeada duas vezes durante o governo da Era das Massas (Jamahiriya). Mas seu povo resistiu heroicamente.

Para destruir o governo das massas, para assassinar Kadafi, o governo dos Estados Unidos da América precisou recorrer à Otan, uma organização mafiosa que reúne governos fantoches do imperialismo e do sionismo. Convidado a se refugiar em diversos países, Kadafi sempre se recusou a abandonar seu povo e morreu lutando pela libertação da Líbia. Fosse Kadafi um ditador, como a imprensa mercenária ocidental apregoa, ele jamais teria tomado as posições que tomou em defesa da revolução mundial e do seu povo. Os monarcas árabes que destinam as riquezas de seus povos ao luxo, egoísmo, prostituição e traição ao povo árabe, são aliados dos imperialistas e sionistas, e jamais foram atacados pelos governos dos EUA, Inglaterra, Israel e França. A traição é bem recompensada neste mundo governado por líderes medíocres. Muamar Kadafi era um homem acima do seu tempo, pensava além do seu tempo, e como tal, não poderia sobreviver neste mundo governado pela mediocridade, covardia e traição dos imperialistas e sionistas.

José Gil

sábado, 1 de agosto de 2015

Kadafi e a Mauritânia


Sexta-feira.
Durante visita à Livraria do Chain em Curitiba para encontrar alguns livros sobre o império persa, encontro um professor da Mauritânia. O livreiro Chain nos apresenta e fala que temos algo em comum, a admiração por Kadafi da Líbia. O pequeno país africano, com pouco menos de 4 milhões de habitantes, é uma república islâmica. Passamos a conversar e ele me contou a seguinte passagem: “Nas proximidades de Nouakchott, a capital da Mauritânia, havia uma faculdade de agricultura que trazia muitos benefícios aos pequenos e médios camponeses da região. O projeto era ambicioso mas faltava recursos financeiros. O então presidente Mohamed Ould Abdel Aziz visitou a Líbia e teve um encontro com Muamar Kadafi. Falou sobre a situação da faculdade e disse que o país não tinha condições de arcar com as despesas da escola que estava sendo ampliada, algo em torno de 1 milhão de dólares anuais.

Kadafi ouviu as explicações, viu fotografias da faculdade e dos agricultores beneficiados, e disse o seguinte: - A Jamahiriya Líbia vai doar à faculdade hoje 10 milhões de dólares, para bancar a ampliação em andamento, e vai doar 1 milhão de dólares anuais para manter a faculdade.

E a palavra de Kadafi se cumpriu integralmente, e enquanto ele viveu, a faculdade foi beneficiada, retirando centenas de agricultores do atraso.” Falei a ele sobre as dezenas de projetos que a Jamahiriya Líbia patrocinava, levando alimentos, remédios, médicos e dentistas às nações mais pobres da África. Este relato ilustra a realidade da Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia. Um pequeno país rico em petróleo que usava sua riqueza em benefício de seu povo e do continente africano.

Fosse Kadafi um monarca como os sauditas ou kataris, que usam suas riquezas para ostentar luxo e patrocinar terrorismo, talvez estivesse vivo, gozando do apoio dos governos ocidentais imperialistas, e da imprensa ocidental mercenária. Mas, como Kadafi era um homem honrado, generoso, honesto, caiu em desgraça diante das forças que dominam o mundo.

A Líbia de Kadafi, a Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia, era uma jóia não apenas do mundo árabe e da África, mas de todo o mundo. Um pequeno e valente país que deu exemplos a toda a humanidade, e por isso pagou um preço muito alto. Hoje o país foi destruído pelos militares da OTAN (governos dos EUA, França, Inglaterra, Israel, Canadá, entre outros).

Uma destruição programada para permitir que as riquezas da Líbia - petróleo e gás – sejam saqueadas pelos países citados. Entretanto, como dizia Kadafi, “o deserto é fértil”, e um dia um novo Kadafi surgirá das areias do deserto para empunhar sua bandeira e continuar a luta por liberdade, justiça, honra e soberania.

José Gil

terça-feira, 7 de abril de 2015

Gadaffi y su ayuda a la Argentina durante la Guerra de Malvinas


Revisionismo Historico Argentino Gadaffi y su ayuda a la Argentina durante la Guerra de Malvinas El acuerdo se firmó el 27 de mayo de 1982 entre el presidente Galtieri y el brigadier Mustafá Muhammad Al Jarrubí. La “odiosa agresión imperialista británica”, frase incluida en el acuerdo, motivaron la entrega de estas armas al régimen de Galtieri: 15 misiles aire-aire 530 IR 5 misiles aire-aire 530 Radar 20 misiles aire-aire 550 20 motores de misiles aire-aire 550 80 RPG 7 o similar 10 morteros de 60 mm 10 morteros de 81 mm 492 proyectiles de mortero de 60 mm 498 proyectiles de 81 mm 198 proyectiles de iluminación de morteros de 81 mm 1000 bombas iluminación de 26,5 mm 50 ametralladores calibre 50 49.500 proyectiles calibre 50 4000 minas antitanque 5000 minas antipersonales.

En carta del 14 de junio de 1982, Galtieri agradeció al líder libio Khadafi (ó Gaddafi, Kadafi, Khadafi, Gadafi,) la ayuda de las autoridades de Trípoli. Galtieri reconoció la ayuda en una entrevista que le realizara Juan Bautista Yofre el 29 de julio de 1982 para Clarín. Lo anterior es lo basado en informes periodísticos, lo que sigue es lo visto: Durante la Guerra de Malvinas la I Brigada Aérea de El Palomar recibía aviones de carga peruanos, ecuatorianos y de otros países amigos trayendo material bélico. De Perú llegaban los misiles tierra-aire soviéticos SAM 7 en su Hércules L-100.

Los venezolanos suspendían la compra de los aviones Bae Hawk a Gran Bretaña en solidaridad con Argentina. Para esos días el Boeing 707 TC-91, el avión presidencial comprado por Isabel y afectado a transporte militar, realizó varios vuelos a Libia en busca de armamento. Se decía que iban con caballos.

En la carga, no al timón, claro. La descarga a su regreso se producía en la plataforma de la base y allí se alineaban los contenedores verdes de los misiles 550 y 530 franceses de los aviones Mirage. En cada uno de ellos colgaba una etiqueta amarilla. En ellas estaba preimpresa la firma de Khadafi. Luego se embarcaban en aviones de Aerolíneas Argentinas y Austral rumbo al sur.

Mientras desembarcaban los ingleses en San Carlos, en esos días tan extraños que fueron, los de Clase 1963, no podíamos dejar de sentir profunda simpatía y agradecimiento hacia ese africano.

domingo, 8 de março de 2015

Muamar Kadafi, a estrela que jamais deixará de brilhar


Muamar Kadafi nasceu em 7 de junho de 1942, numa família de beduínos, em uma tenda no deserto líbio, próximo à cidade líbia de Sirte (norte).

Durante sua vida, manteve contato com beduínos comerciantes que viajavam pela região de Sirte, com quem adquiriu e formou suas precoces posições políticas, adquirindo livros e publicações árabes progressistas. Kadafi nasceu em berço de guerreiros. Muitos de seus familiares tombaram lutando ou foram presos na luta contra o colonialismo italiano, liderada por Omar al-Mokhtar. O avô de Kadafi, que o tratava como um dos netos prediletos e mais queridos, foi morto em combate. O pai e o tio de Kadafi foram prisioneiros dos italianos.

Aos 10 anos de idade, Kadafi chamava a atenção por saber ler e escrever corretamente, e por passar grande parte do seu tempo meditando no deserto ou lendo os livros que tinha acesso através das caravanas de beduínos do deserto. Seu pai, um pastor de camelos, compreendia que o filho tinha uma inteligência incomum, e investiu suas magras economias para colocar o filho em uma escola internato na cidade de Sirte.



Aos 12 e 13 anos ouvia pelo rádio os discursos do líder egípcio Gamal Abdel Nasser, que chamava os povos árabes à unidade política (pan-arabismo) e defendia a causa palestina, o que o ajudou a adquirir uma precoce consciência política. Mesmo criança, Kadafi compreendia a verdade nas palavras de Nasser, e passou a admirá-lo e a estudar seu pensamento, tornando-se um de seus seguidores desde a infância – com quem no futuro iria se encontrar e seria chamado por Nasser de “meu filho”.

Kadafi prosseguiu em seus estudos, cursando o secundário na cidade de Sabha, onde, em 1956, formou, junto com três colegas, a primeira célula de seu futuro movimento revolucionário, que tinha como objetivos apoiar o programa pan-árabe de Nasser e, a longo prazo, derrubar o rei Idris I, um rei fantoche dos interesses norte-americanos, ingleses e norte-americanos na Líbia. Naquele mesmo ano participou de protestos anti-israelenses durante a Crise de Suez.

Os integrantes daquela primeira célula decidiram, após sucessivas reuniões, que a melhor forma de defender o povo seria se infiltrando nas Forças Armadas, seguir a carreira militar para no futuro organizar uma revolução popular com apoio de militares. Cada um dos membros de sua célula revolucionária iria formar uma segunda célula com mais três integrantes, que, por sua sua vez, também formariam novas células, e assim progressivamente. Para garantir a segurança do movimento, cada integrante somente conhecia os integrantes e as atividades das duas células das quais participava. No início de outubro de 1961 organizou uma manifestação de jovens em apoio à Guerra de Independência Argelina, que teve também conteúdo antimonarquista, o que resultou em sua prisão e expulsão da cidade.

O jovem líder Muamar Kadafi concluiu o ensino secundário em uma escola de Misrata, onde criou uma nova rede de células revolucionárias, e naquela cidade foi elaborado um código secreto para proteger a comunicação entre os líderes das diferentes células da repressão e infiltração policial. Para evitar a repressão, a organização se apresentava como um grupo de estudos sobre o pensamento de Gamal Abdel Nasser e de atividades antisionistas, de apoio à libertação da Palestina, mas o eixo central era a luta contra a monarquia que empobrecia o povo líbio para enriquecer os estrangeiros que ocupavam – com diversas bases militares – a Líbia. Após o término de seus estudos secundários, Kaddafi iniciou a carreira militar. Integrou a Academia Militar de Benghazi, segunda principal cidade do país, e também integrou a Real Academia Militar de Sandhurst, na Inglaterra, considerada a melhor academia militar inglesa,m onde estudaram, entre outros, Winston Churchill, Abdullah II da Jordânia, Qaboos bin Said Al Said e, mais recentemente, os príncipes William e Harry deGales. Como estudante Kadafi não se enquadrava nos interesses britânicos. No lugar de defender as guerras colonialistas da Inglaterra na África, Kadafi as denunciava e retrucava os argumentos dos professores nas salas de aulas. Ele formou células revolucionárias para defender a Líbia e se recusava a usar roupas ocidentais. Chegou a ser preso por se recusar a usar roupas ocidentais, mas foi liberado em seguida.

Ao regressar à Líbia, o nome de Kadafi era conhecido como o de um jovem revolucionário, nacionalista, líder de um movimento na luta pela libertação do país. No ano de 1969 o governo do rei Idris I passava por uma crise de impopularidade, pois grandes quantidades de petróleo líbio estavam sendo entregue aos Estados Unidos e Europa, sem trazer nenhuma melhoria ao povo árabe líbio. O movimento revolucionário criado por Muamar Kadafi decidiu então deflagrar a revolução libertadora em 1º de setembro de 1969. Atendendo a convocação de Kadafi, o povo líbio saiu às ruas, com o apoio dos militares líbios integrantes das células revolucionárias. Cercaram todas as bases militares estrangeiras em Trípoli (onde na época os EUA tinha sua maior base militar no estrangeiro) e deram prazo de 24 horas para que todos retornassem aos seus países de origem. Ao mesmo tempo em que cercavam o palácio do rei Idris I, que fugiu com o apoio de militares europeus e norte-americanos.

Aos 27 anos de idade Muamar Kadafi liderava uma revolução libertadora para colocar a Líbia entre as nações de destaque no mundo, deixando de ser mais uma colônia de potências estrangeiras com monarcas fantoches de governos estrangeiros. O líder Gamal Abdel Nasser, uma liderança mundial naquela época, manifestou apoio ao novo governo da Líbia, liderado pelo coronel Muamar Kadafi. Nos anos que se seguiram Kadafi construiu uma nação sólida e soberana. Retirou o povo líbio da miséria e do atraso educacional e tecnológico. A Líbia chegou a ser o país com maior IDH da África, comprovando que ele lutava para melhorar a qualidade de vida do povo líbio. Kadafi sabia que não bastava libertar a Líbia, porque as potências estrangeiras estavam unidas e tentavam esmagar a revolução líbia, por isso ele apoiou e financiou diversas revoluções libertadoras em diversos países. Foi o maior financiador da luta de Mandela contra o apartheid na África do Sul e da revolução Sandinista na Nicarágua.



A estrela do deserto, Muamar Kadafi, brilhava não apenas nos desertos da Líbia, mas em toda a África e Oriente. E dessa forma ele foi convidado a participar de reuniões e conferências no Cairo, onde o líder Gamal Abdel Nasser reunir as maiores lideranças árabes daqueles tempos com o objetivo de fazer vencer o pan-arabismo, o movimento político tendente a reunir os países de língua árabe e de civilização árabe numa grande comunidade de interesses.: Hafez Al Assad da Síria, Yasser Arafat da Palestina, Nasser do Egito e Kadafi da Líbia.

No dia 25 de setembro de 1944 o governo de Gamal Abdel Nasser organizou no Cairo um conferência na qual estiveram presentes representantes do Egito, Iraque, Síria, Líbano e Transjordânia (Jordânia a partir de 1950). As conclusões do encontro traduziram-se na elaboração de um protocolo que visava aumentar a cooperação entre os países árabes. Esse protocolo ficou conhecido como Protocolo de Alexandria e foi assinado a 7 de outubro do mesmo ano, que propunha a formação de uma Liga de Estados Árabes. A Liga daquela época era o oposto da liga atual, onde as monarquias árabes fizeram retroceder todos os ideais pan-árabes e submeteram os governos os interesses criminosos e terroristas de Israel e Estados Unidos.



Nesse contexto, Kadafi jamais traiu a causa de unificação dos países árabes na luta por seus interesses. Gamal Nasser morreu envenenado por agentes do Mossad e da CIA, a exemplo de Yasser Arafat. Hafez Al Assad morreu de morte natural após passar toda sua vida lutando contra os inimigos dos povos árabes. Muamar Kadafi morreu no campo de batalha, lutando heroicamente contra a coalizão das maiores potências do planeta. O governo dos EUA, França e Inglaterra utilizaram a OTAN para atacar a Líbia e destruir o país mais próspero da África e do mundo árabe.

A Líbia que havia erradicado a pobreza e o analfabetismo, que havia levado água ao deserto através do Grande Rio Artificial, que levava médicos, dentistas e remédios para vários países africanos, teve sua infraestrutura destruída pelas bombas da OTAN e seus cúmplices sanguinários.

Hoje o país enfrenta falta de alimentos, água e gasolina, embora seja um dos maiores produtores de petróleo no mundo. Militares norte-americanos, ingleses e franceses ocupam poços de petróleo para roubar sua produção com a desculpa de “despesas de guerra”. As armas despejadas em abundância pela OTAN no território líbio fomentam o contrabando de armas e o surgimento de grupos criminosos e terroristas. Hoje o que se vê na Líbia é caos e desolação, mas a estrela do deserto, Muamar Kadafi, continua brilhando, iluminando a todos com seu exemplo de honradez, valentia e dignidade, para iluminar os caminhos dos futuros combatentes por uma Líbia livre e soberana.

José Gil

sábado, 3 de janeiro de 2015

Mataram nosso amigo Kadafi, e os motivos são muitos

Diariamente leio artigos na imprensa e na internet sobre os motivos que levaram o governo dos EUA e seus fantoches a assassinar o líder Muamar Kadafi, a destruir a infraestrutura da Líbia, matar mais de 200 mil pessoas em uma população de 6 milhões de pessoas, e obrigar meio milhão ao exílio forçado. A Líbia sofreu um crime de guerra, um crime contra a humanidade. Destruíram um país para que os políticos e militares norte-americanos, ingleses e franceses tivessem acesso a mais champagne e caviar. Para que o contribuinte norte-americano continue financiando uma máfia que atende pelo nome de indústria bélica, responsável pela corrupção de políticos e imprensa ocidental.
A imprensa ocidental e suas agências de notícias apoiaram desde o início essa tragédia humana. Atacaram – como hienas – o líder Kadafi, para que a opinião pública mundial ficasse anestesiada diante dos bombardeios que se seguiram. Bombardearam casas, edifício residenciais, escolas, hospitais, asilos etc. Miravam em tudo que se movia. Destruíram até mesmo a canalização do Grande Rio Artificial que levava água para aldeias e cidades, irrigando o deserto. Todos os crimes foram cometidos. Derramaram o sangue de milhares de inocentes. As maiores potências bélicas mundiais se uniram, de forma covarde, para bombardear um pequeno país de 6 milhões de habitantes. Covardes, canalhas e assassinos. Governantes de merda, a serviço da indústria bélica e do roubo descarado do petróleo líbio. Raras foram as manifestações contra a guerra de ocupação da Líbia, jamais publicadas na grande imprensa mercenária. Hoje a Líbia está destruída por grupos terroristas, movimentos financiados pela CIA, extremistas financiados pela Arábia Saudita, contrabandistas e traficantes de drogas e de armas.
A situação é tão grave e caótica que o presidente da Nigéria, Mahamadu Isufu, está pedindo uma intervenção internacional para salvar a Líbia. Ora, outra intervenção internacional? Não bastou uma para destruir o país? Aqueles que destruíram a Líbia (governos dos EUA, Inglaterra e França) estão satisfeitos com a destruição, estão roubando petróleo líbio com a desculpa de “pagar despesas de guerra”. Incrível. Os criminosos invadem, destroem e saqueiam o país, e ainda mandam a conta? Maldito criminosos, covardes e canalhas. O nosso amigo Muamar Kadafi (amigo dos povos livres, amigo de todos aqueles que lutam por libertação em qualquer parte do mundo) foi covardemente assassinado. Deu exemplo de coragem e valentia o nosso “Leão do Deserto”. Mesmo quando ele viu a derrota consumada, seguiu para sua cidade natal, Sirte, onde morreu lutando contra traidores e mercenários.
Nosso amigo Kadafi que financiava movimentos revolucionários em todas as partes do mundo. Nosso amigo que construiu o Exército Internacionalista para treinar e armar combatentes que lutaram decisivamente na África do Sul contra o apartheid, na Nicarágua, no Chade, em muitos outros países. Fosse Kadafi um governante como os monarcas árabes (que usam a riqueza do petróleo para iates e palácios) ou os políticos ocidentais corruptos, a imprensa ocidental estaria até hoje elogiando e festejando mais um governante a serviço dos dois cânceres do mundo: o imperialismo e o sionismo. Nosso “Leão do Deserto”, nosso segundo Omar Moukhtar, é imortal porque deixou sua história gravada em sangue, na luta pela verdade, pela justiça e libertação dos povos, enquanto Obama, Sarkozy, Cameron, não passam de lixo humano a serviço da morte e da destruição dos pequenos povos e nações. Quando escrevo “amigo Kadafi” relembro a primeira vez que o vi, pessoalmente, em uma grande tenda árabe em Trípoli, a beira-mar, em um jantar com lideranças revolucionárias de diversos países. Centenas de convidados – entre jornalistas, sindicalistas e lideranças – sentavam-se em grandes tapetes para ouvir o discurso de Kadafi sobre os malefícios para a humanidade causados pelo imperialismo, sionismo e fascismo. Seus olhos brilhavam de fervor quando falava sobre libertar os povos. Estava entre amigos, sem protocolos, sem pompas. Era apenas mais um amigo na construção de um mundo melhor para todos. O tempo passou e Kadafi construiu o país mais próspero da África, o melhor IDH, a melhor educação e saúde gratuitas. Um exemplo para todo o mundo. Um exemplo que precisava ser destruído pelos inimigos da humanidade, os países que – como vampiros ou sangue-sugas – sobrevivem às custas do sangue e das riquezas dos pequenos povos e nações: Estados Unidos da América, Inglaterra e França. Kadafi, abençoado por Deus, parecia vencer o próprio tempo. Ele participou da luta de Gamal Abdel Nasser pela libertação do Egito e construção do pan-arabismo. Abraçou a luta da Nicarágua Sandinista. Apoiou e esteve com Hugo Chávez. Financiou a luta e a guerra de guerrilhas contra o apartheid na África do Sul, sendo chamado de "irmão" por Nelson Mandela. Kadafi ajudou e apoiava Evo Moralez, entre muitos outros governantes e líderes espalhados pelo mundo, que lutavam contra os exploradores, sionistas e imperialistas. Muitos motivos são lembrados, entre os quais a construção da União Africana, o Banco da União Africana, a substituição do dólar nas transações comerciais, entre outras importantes decisões que contrariaram interesses criminosos dos Rotchildes e seus fantoches políticos. Contra Kadafi se uniram as potências imperialistas, o sionismo, os mercenários, os traficantes e contrabandistas de armas e drogas, enfim, a escória do mundo. Kadafi foi assassinado, mas Kadafi não morre. Será sempre lembrado por seu exemplo e suas palavras. O imperialismo e o sionismo jamais conseguirão apagar da história seus feitos e vitórias, sua honra e valentia. A morte pode ter levado seu corpo, mas ele está conosco, até a vitória final. José Gil